sexta-feira, 19 de outubro de 2018

A paz Santificadora- Do original grego ao símplice português de forma resumida.

Jesus Cristo nos promete uma paz, mas como Ele mesmo disse, não a que o mundo dá, mas sim, que através do Seu Sangue, Ele comprou (Jo 14.27). Deste mesmo modo, a paz com Deus ela nos traz automaticamente a santificação, obtida pelo Sangue de Jesus. A paz santificadora, traz a mudança de mente, pois a paz nada mais é que uma condição mental, independente do meio ao qual estou inserido.

Muitas pessoas vivem em meio ao caos, mas tem paz em si. Outras, seu meio ao vidas luxuosas e são incapazes de comprar a paz. Essa santificação obtida através da paz, esta citado no versículo 7 de Filipenses 4, onde se faz a referência "Paz de Deus", que se faz as seguintes informações em relação a ela:


  • Excede todo entendimento
  • Guardará o coração
  • Guardará a mente


  1. Exceder (huperechō) em sua absoluta significância significa "excelência", que traz a seguinte menção: a excelência do entendimento é ter a paz de Deus.
  2. O desenvolvimento mental promovida pelo Espírito Santo através de Jesus, no seu mais alto ápice é ter a paz de Deus, que promove a proteção (phroureō) termo que significa um "guarda, como sentinela". Este sentinela que o Senhor coloca, guardará os seguintes objetos:
          A) O coração (kardia), não literal, que são os sentimentos.

          B) A Mente (noēma), literal, que é o intelecto, na maior aplicabilidade: o interior de si.

A paz de Deus promove um sentinela protetor (Espírito Santo), que protegerá seus sentimentos e a sua mente. Porém, vemos no versículo principal que a decisão de ocupar o pensamento, esta sobre aquele que pensa.

Filipenses 4.8
Finaliza dizendo o seguinte (KJA): "Nisso pensai"
Finaliza dizendo o seguinte (JFAA): "Ocupe o vosso pensamento"
Finaliza dizendo o seguinte (KJV+): "Pense nessas coisas"

As três versões das quais eu utilizo, traz de modo imperativo, na modalidade de conselho, que os nossos pensamentos estejam sempre ligados a essas coisas. Apesar do Sentinela estar sempre protegendo a nossa mente e sentimentos, vemos que há a necessidade de administrarmos os nossos pensamentos, por nós mesmos, afinal a arbitrariedade sobre as coisas pessoais são, em suma, de sua mentalidade.

"Pense nestas coisas", "Nisto pensai", e "Ocupe o vosso pensamento", esta falando sobre quais são os conteúdos adequados em estar nos nossos pensamentos. Você já parou para pensar nisso?

Existe uma frase extremamente conhecida dia por um Dr Stephan Covey (mormon, mas a frase é digna de estudo):

"Plante um pensamento, colha uma ação. Plante uma ação, e colha um hábito. Plante um hábito e colha seu caráter. Plante um caráter e colha o seu destino"

As concepções de pensamentos são frutos de nossas maquinações. Essas maquinações serão concretizadas, ou seja, colocadas em prática. A prática tendenciosa ao vicio nos chamará ao cotidianismo, o hábito. O hábito esta intrinsecamente ligado ao nosso caráter. O nosso caráter, segundo grande números de referências bíblicas, definirá a quem eu sirvo, e qual caminho vou trilhar depois da morte.

Pensando nisto, as maquinações incontroladas, pensamentos não provindo das características citadas no texto, trará, uma consequência inversa. Vamos ler a lista:


  1. Alēthēs(verdade): O pensamento deve estar baseado naquilo que não é mentira, ou seja, não devemos compactuar e planejar coisas que não estejam  relacionadas com a plena verdade.
  2. Semnos (honesto, honrável): O pensamento tem que estar baseado em coisas honestas, naquilo que não cause defraudação. Não podemos pensar em "passar a perna em nosso próximo, nem mesmo, se for imperceptível. Ser honesto vai muito mais além de estar sendo observado ou não.
  3. Dikaios (equitativo): a equidade é diferente de igualdade. Se há três homens, um com 1 real, outro com 2 reais, e o último com três reais. Você irá distribuir três reais entre eles. A igualdade te falaria para dar 1 real para cada um. A equidade te falaria para você dar nada a quem tem 3, 1 a quem tem 2, e dois a quem tem 1. Isso se chama justiça. Que os nossos pensamentos sejam justos.
  4. Hagnos (Limpeza): Nosso pensamento deve estar baseado em coisas limpas, coisas puras, que não haja nada influenciado pelo pecado, mente que busca as coisas santificadas por Deus e não amaldiçoadas pelo inimigo.
  5. Prosphilēs (amigável): Aquilo que pode ser determinado como contra a raiva. A raiva, revolta e ira, não pode participar da mente do Crente.
  6. Euphēmos (bom relatório): Testemunho! As coisas que você esta pensando tem uma 'fama' boa? ou é ruim? O que o seu pastor, pais e líderes pensariam a respeito disso? A mente deve estar munida de pensamentos que tem um bom relatório.
  7. Aretē (virtude): Nossos pensamentos devem consecutivamente adorar a Deus em tudo. Não pode haver nada que eu pense que o nome de Jesus não seja glorificado. Em tudo deve-se haver a adoração a Cristo, como sendo as primicias de teu Santo Nome.
  8. Epainos (elogio): As coisas que devem ocupar a nossa mente devem ser munidas de coisas positivas, como o elogio. Na mente de um salvo, não se deve ter espaço para a tristeza ou coisas que não sejam como o elogio. Pense em coisas do céu, pois lá é o nosso futuro.


ELIOENAI OLIVEIRA

O Culto genuíno - A transliteração de Cristo em Paulo, e de Paulo em Corinto.


 O Culto genuíno
A transliteração de Cristo em Paulo, e de Paulo em Corinto.
                As epístolas paulinas eclesiásticas sempre nos convidam a uma aplicação na Ekklesia, na sua mais alta filosofia. Paulo, na sua primeira transcrição eclesiástica a Corinto, ordena que o culto contenha práticas que detenham alguns princípios, que promoverão um benefício integral no andamento do culto e, consequentemente, a Deus e aos fiéis. É notório que a vida e os escritos paulinos sucedem a imitabilidade de Jesus, e ele toma isso como ordenança, e isso nos indicam que os escritos de Paulo transliteram os de Jesus.
                Portanto, na aplicabilidade da ordenação cultual ao Pai, devemos observar o desejo de Cristo, e a condução do Espírito. O Filho através do Espírito ordena que o culto contenham alguns princípios ordenativas, para que o Triuno receba a adoração. Para isso, o ministrador do culto deve, antes de tudo, entender que Deus quer que presidamos de um modo, com que o agrade.
                Essa preocupação expressiva de Paulo revela o seu zelo pela Noiva do Cordeiro. E essa foi uma preocupação de Jesus. Pois vemos nos biográficos cristológicos que, há uma única ação expressiva de revolta de Jesus, inclusive com ações físicas, onde a justificativa apresentada é:
“E os seus discípulos lembraram-se do que está escrito: o zelo da tua casa me devorará” (João 2.17)
“Pois o zelo da tua casa me devorou, e as afrontas dos que te afrontam caíram sobre mim” (Salmos 69.9)
“O Senhor como poderoso, sairá; como homem de guerra despertará o zelo; clamará, e fará grande ruído e sujeitará os seus inimigos” (Isaías 42.13)
                Vemos que o biográfico singular traz a justificativa, mostrando-se um grande observador, pois viu que os “discípulos lembraram-se” da profecia do salmista, revelando que Jesus teria imensurável zelo pela sua casa. Portanto, em João 2.17 cumpre-se Salmos 69.9, revelando mais uma característica de Jesus, o seu zelo. Esse zelo vem de dois princípios do caráter de Deus, o Seu amor a Noiva e o cuidado que ele tem para com Ela. Jesus revela que suas ações mais bruscas são para que a noiva seja cuidada pelo seu mui e infinito amor. Sabemos que Jesus vai muito mais além, pois ele morre por ela.
Porém, o que me chama mais atenção é o que o messiânico profetiza cerca de 740a.C. mostrando que o Senhor Poderoso, viria como homem despertando o zelo. Porém, aqui fica uma ressalva, pois o despertar é de aplicação não geral, mas pessoal. Cada um sabe o modo como preside e, portanto, sabe se Cristo está na casa.
                Assim, o culto deve promover a mais alta exaltação a Deus. E isso ocorre apenas através do zelo, que temos para com sua Noiva. É importante frisarmos que, de um modo explícito, Jesus agirá com furor para com aqueles que não zelam pela noiva; Em relação a eles, serão devorados.
                De um modo claro, Paulo ensina sobre o que se deve conter no culto:
           “Portanto, qual a atitude correta, então? Ora, quando vos reunis, cada um de vós tem um salmo, ou uma mensagem de ensino, uma revelação, ou ainda uma palavra em determinada língua e outro tem a interpretação dessa língua. Tudo seja feito para a edificação da Igreja.” (1° Coríntios 14.26)
                Os princípios aqui ensinados tem um objetivo muito claro e sucinto: tem que haver edificação. A indicação de um culto mal sucedido é a ausência de edificação por parte dos agentes administradores do culto. Um culto não é mensurado pela quantidade de manifestações espirituais, nem pela linguística empregada, ou pelo valor expresso sem oferta, mas sim pela altura do conhecimento cimentado, de tijolo em tijolo. Se a igreja não for edificada, consequentemente o culto não é recebido por Deus, portanto, é desprezado, descartado, e jogado fora, assim como a oferta de Caim, que tornou-se entulho.
A palavra “culto”, na bíblia é Latreia (λατρεία), que significa “ministração de Deus”, observa-se que a ministração vem de Deus, trazendo-se que a inspiração dEle. Os ministradores cultuais devem fugir da teoligização do achismo, que diviniza as vontades e decisões humanas, concretando que os seus pensamentos são os de Deus. Devido essa contraposição entre o desejo de Deus e a mentalidade humana, só saberemos se estamos fazendo a sua vontade se, através da sua Palavra, obedecermos; a Ele toda glória.
                Quando se há a ministração de Deus a edificação dos ministrados é garantida. Para isso, Paulo se utiliza de algumas características que a ministração seja de Deus. Aqui se gera as feituras cultuais aplicadas na Igreja Primitiva, que garantidamente é genuinamente aprovada por Deus. Essas feituras são, de antemão, positivada pelo Espírito Santo, que o Lucas sempre acrescenta: “e todos os dias acrescentava o Senhor á Igreja aqueles que se haviam de salvar” (At 2.47)
                SALMO (ψαλμός - psalmos)- Os salmos são poesias no formato de cânticos. O livro canônico que traz esse nome é conhecido por ser o hinário da nação israelita, que em suas reuniões cultuais ao Deus Verdadeiro, eram expressos juntos com instrumentos musicais. O salmo traz consigo sermões (ensinos), profecias (naturalistas, messiânicas e atemporais), conteúdo teológico de características divinas, revelações histórico-arcaicas, e futurísticas proximais e distais.
                Existe uma proeminência desta feitura nos cultos de algumas religiões; não podemos retirar, mas não exaltar. Existe não só uma necessidade, mas também uma ordenativas: tenhamos salmos em nossos cultos. Porém temos que levar em conta mais características:
                Tipo salmísitico: a letra pregoada em cânticos devem sempre espelhar-se nas mais altas verdades da santa bíblia, nunca contrariando ou metaforicamente incentivando ações antibíblicas. Fujamos da aparência deste mundo.
                Efeito psalpsiqê: Essa característica provém do estilo músico adoracional, onde verificamos o impacto da sonoridade psalmística efeituando na alma. A alma sente as mais altas vibrações de efeitos, que provocam alguns sentimentos equivocados, promovendo vontades não Divinas.
                ENSINO (διδαχή - didachē)- O ensino é a expressão corretiva revelada. Traz clareza explicativa para aplicação efetiva, não só de forma corretiva, mas também preventiva. Podemos ainda, lembrar-nos da palavra Doctrina, provinda do verbo docio, que significa “instruir, educar”. Aqui ocorre uma boa parte da edificação, onde que por instrução em sapiência, o educando dirige-se através da mente, que pelo Espírito, é santificado através do conhecimento.
                A evangelização traz consigo não só Cruz salvífica, mas também a espada da justiça. Essa espada é a consciência, que fere o caráter caído, mostrando o caminho do bom, e determinando a condenação do ruim. O ensino é, justamente, a evangelização propriamente dita. O conhecimento condena, mas antes de tudo, salva; o conhecimento liberta.
                Revelação (ἀποκάλυψις – apokalupsis)- Da mesma palavra do último livro da Bíblia, a palavra aqui é “Apocalipse”, que é o desvendamento futurístico. Alguns confundem a revelação com profecia, devido nosso fraco conhecimento a cerca da temporalidade. Porém, vemos que revelação é a palavra pregada, que a luz da Bíblia, revela acontecimentos futuros, não de modo individual, mas geral, e segundo a Santa Escritura; não por Divina Revelação Pessoal, mas por Divina Revelação Bíblica.
                As palavras expressas por revelação tendem a ser escatológica, envolvendo a Santa Igreja, que através da pregação, promove o acendimento da fé sobrenatural, a cerca d0s eventos futuros. Paulo coloca a Revelação como sendo necessária, para trazer ao conhecimento dos fiéis, de que não estamos apenas vivendo sem nenhum objetivo, mas que vivemos em anseio pelo Noivo.
                Além disso, a palavra de revelação nos conduz a vivência não de modo carnal, mas espiritual. Traz a palpabilidade espiritualíticas das Santas Escrituras, traduzindo a maior profecia de todos os tempos, que é estar com Deus.  
                LÍNGUA (γλῶσσα - glōssa)- Pode ser traduzida como “idioma”. Porém, não é um idioma comum, mas um idioma que “não foi adquirido naturalmente”. A glosaria é justamente a “Línguas estranhas” que no movimento pentecostal é evidente. Paulo traz a alusão de modo geral das evidências do impacto da descida do Espírito Santo, chamada de Pentecostes, profetizada por Joel, e cumprida pelos escritos do Dr Lucas, em Atos.
                A glosaria é um dos principais dons espirituais que profundamente Paulo traz seu estudo em na primeira escrita aos Coríntios no capítulo 12. Assim, a evidência da existência de línguas estranhas, ou não naturalmente adquiridas, comprova-se.
                Paulo alerta para espíritos disfarçado de Santo, pois há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo, logo não há confusão.  Outrossim, por ser um dom nem todos o recebem, mas aquele ao qual o Espírito dá.
                INTERPRETAÇÃO (ἑρμηνεία - hermēneia)- A teologia sistemática promove uma matéria provinda dessa palavra, a “Hermenêutica”. Porém, a aplicação dela aqui não está referenciando ao conteúdo teológico de interpretação das Sagradas Escrituras. Ela esta se referenciando a Glosaria. Esse é o dom da interpretação das línguas estranhas.
                Assim como vimos no tópico anterior, essa linguagem é não adquirida naturalmente, portanto sua fala é desconhecida por nosso cérebro, portanto ininteligível. Quem possui esse dom, torna-se capacitado pelo Espírito de entender o que se é falado.    
                Paulo instrui que o dom de línguas seja, obrigatoriamente, exercida com de interpretação, o que não vemos nos cultos pentecostais. Assim como Jesus está no Pai, para haver edificação é necessário interpretação quando houver línguas estranhas.


Como armar-se?- A proteção espiritual que necessitamos


Como armar-se?
A proteção espiritual que necessitamos
                Um das passagens extremamente conhecidas é a respeito da Armadura de Deus, aos quais grandes teólogos e símplices pregadores desenvolvem seu sermão a partir de Efésios 6.10-20. Nela encontra-se uma comparação de Paulo, entre os artifícios utilizados por um guerreiro do exército Romano, com as atividades a se desenvolver para uma vida cristã saudável. E isso se dá pela maioria das epistolas paulinas eclesiásticas, onde a comparação e a denotação são amplamente empregadas, para melhor compreensão dos fiéis. A comparação das coisas concernentes ao ambiente espiritual com a vida militar, para Paulo era natural. Sua vida pré-conversão, nos mostra um homem experimentado na vida militar, e na liderança de grupos militares, que inclusive estavam presentes no momento de seu encontro com Cristo. O convívio e o conhecimento adquirido, o coloca com uma sapiência elevada em relação a esses aparatos militares, portanto, sua comparação vai muito mais além das símplices interpretativas empregadas.
                Para a igreja de Éfeso não era diferente, pois eram perseguidos, e conheciam muito bem os artifícios militares, mas não como uma forma de proteção, mas sim de perseguição. Os sanguinários soldados perseguiam homens, mulheres e crianças cristãs, que de um modo extremamente brutal eram presos, torturados e mortos. A crueldade era extrema, que de modo constrativo, o amor de Cristo era sobre estes irmãos. O contraste não termina ai, pois a sociedade não era armada. Não possuíam em suas casas espadas, escudos, capacetes, couraça, cinto e calçado. Eles eram perseguidos por homens que possuíam, justamente, tudo isso. Paulo, na sua essência esta dizendo, vocês não estão desamparados. Vocês não estão em desvantagem. Vocês tem o Deus de Israel.
                Esse contraste é análogo a luta entre Davi e Golias (1 Samuel 17), onde há um gigante que vem em perseguição, como vinham os soldados romanos. Golias era homem de guerra, experiente e preparado, assim como os soldados romanos. Golias estava armado, com todos os artifícios militares, assim como o exército romano. Já Davi, não tinha grande estatura, nem experiências em guerras, nem conseguia se quer carregar os artifícios militares, assim como a igreja de Éfeso. Há outra igualdade entre eles indiscutível: serviam ao Deus Vivo. E era isso que Paulo estava lembrando os crentes efésios, que mesmo que não possuíam força bélica, o Deus Poderoso, o Fogo Consumidor, estava com eles.
                Paulo está dizendo que na questão do armamento eles estavam na realidade empatados. Porém, assim como foi exclamado por Davi, enquanto o Gigante vem com espada e escudo, ele ia pelo nome do Senhor dos Exércitos (1Samuel 17.45). E essa expressão me chama atenção, do original (tsâbâ') que significa grupo de pessoas organizadas para guerras. A pluralidade me chama muito atenção, pois não é só de um exército específico, mas sim de “Exércitos”. Isso mostra uma visão, em que Deus não é Senhor apenas do exército humano de Israel, mas também de um exército que esta além do visível.
                Este mesmo exército invisível é levantado no Novo Testamento, mas de uma forma nada bélica. Não eram fortemente armados. Não estavam com uma grande proteção ao seu redor. Tinham apenas em si, o desejo de servir a Deus. E Deus resolve não levantar um exército bélico, extremamente armado, mas sim, faze-los guerreiros de Deus, entendendo que o inimigo não é mais a carne ou sangue, o que quer dizer, o homem. Mas, sim, as forças espirituais da maldade, os dardos inflamados do inimigo que por si só, opera nas pessoas.
                Assim o Senhor nos convida a olhar para as guerras humanas e espirituais não com os olhos carnais, mas sim com os olhos que nos possibilitam enxergar além daquilo que é palpável. O Senhor revela a Paulo que a igreja de Éfeso precisava se armar com as armas bélicas espirituais. Para isso, Paulo se utiliza da analogia comparativa:
1.        Cinturão: Considerado um dos mais importantes artifícios armamentista, pois por ela é o sustento de todos demais equipamentos. Vejamos que a comparativa esta relacionada com a verdade. A verdade sempre vai ter a geração da sustentabilidade em nossas vidas. Ela trará sustento para tudo em nossa vida. Viver em verdade em um mundo de falsos é realmente um desafio. Para não mentir, não dar falso testemunho, não propagar falsas falas, e principalmente não mentir a Deus e aos homens em relação a sua vida, deve ser um desafio a ser cumprido. Viver em verdade é de um modo claro, viver com uma vida transparente, que dará sustento a tudo: a palavra, a fé, a justiça e a salvação. Ela é citada em primeiro lugar pelo apóstolo, porque ela é a estrutura que aguenta todos os pesos. Além disso, o texto cita que ela serve para proteger o (osphus), do inglês “loins”, traduzido para o português como “lombo”. Historicamente, a correção aplicada para filhos desobedientes eram, antes da morte, a penalidade por chicotadas nos lombos, inclusive se faz alusão a isso em diversos versículos. Os que vivem na verdade não sofrem a correção necessária da mentira.
2.       Couraça: A couraça é uma espécie de instrumento defensivo presente na frontalidade, incluindo: peitoral, abdômen e trapézio. A couraça é a comparativa com a justiça. Essa justiça esta intrinsecamente ligada à capacidade de escolhas justas, que de um modo inteligível, fala-se da santidade. A palavra relacionada é (dikaiosunē), do inglês “righteousness”, traduzida como Justiça podendo também ser traduzida como retidão. A justiça aqui traduzida trás a conjectura da reta, trazendo a alusão à plenitude perfeita de reta, mostrando que a justiça praticada é imparcial, inegociável, e balanceada na centralidade da Lei. Como uma seta, a finalidade da Lei além de apontar o pecado, é também apontar Jesus Cristo. Aqueles que seguem o caminho de Jesus vivem sobre a justiça, e andam sobre essa reta, com pisadas alinhadas e cuidadosas para que, não saiam de suas limitações. Esse cuidado é o desejo de satisfazer dois princípios: a lei, que mostra meus pecados, e a Cristo que me salva deles.
3.       Calçado: Talvez esse equipamento seja mimetizado por estudiosos. Ela não ataca e nem defende. Isso dá uma leve impressão que não se deve tomar cuidado, nem ao menos produzir atenção a este equipamento. Aqueles que assim fazem, não estão preparados para guerra. O calçado é essencial para a batalha, pois por ela vem todo sustento do corpo. O (euaggelion), em inglês “gospel”, traduzida como evangelho é caracterizado como “da paz”. Jesus Cristo nos promete essa paz (eirēnē) que pode ser traduzida como descanso, quando Ele prega dizendo que “minha paz voz dou”, e sua paz não é a semelhante a do mundo. Os pés precisam estar firmados na Rocha, que é Cristo, para que na batalha haja estabilidade, e através disso o tão desejado descanso. Estar calçado do evangelho significa batalhar suas guerras, com a consciência que o amanhã sempre existira. Estar calçado com o evangelho é guerrear arduamente, mas com o coração e a mente em paz, pois saberá que mesmo morramos, viveremos.
4.      Escudo: Um dos mais estudados é o escudo, que é relacionado à fé. A tradução para escudo vem (thureos), do inglês “shield”, que significa blindagem em formato de porta. A fé é comparada a uma blindagem defensiva. O objeto ao qual devemos nos blindar são os (belos), que pode ser traduzida como flecha, mas é conhecida como dardos, que estão pegando fogo. Esse conjunto bélico (flecha + fogo) era utilizado em invasões de destruição de civilizações ou exércitos fortemente armados. A intenção e a visão do nosso inimigo é justamente essa: destruir o povo de Deus, mas ele sabe que estamos munidos do Espírito Santo de Deus. A intenção da fecha inflamada não necessariamente é furar, mas sim, queimar. Queimar a tal ponto que só reste às cinzas da falta de fé e das incertezas que podem atingi-lo. Para que tenhamos fé é necessário termos convicção. A convicção determinará qual o tipo de material do seu escudo. Alguns têm a fé baseada em busca de milagres, conceitos e até mesmo líderes religiosos e famosos cantores. Para essas pessoas o escudo é feito de madeira, e com um dardo restará apenas cinzas. Mas, para aqueles que têm sua fé firmada na Palavra de Deus e em Jesus Cristo, a sua blindagem será inabalada.
5.       Capacete: O instrumento militar aqui citado é (perikephalaia), do inglês “helmet”, traduzido por capacete, que é comparado por Paulo, a salvação. Isso me chama muito a atenção, pois Paulo esta dizendo que o ataque de nosso inimigo é afetar a nossa mente, e através da mente perder a nossa salvação. De um modo explicativo, para “perder” a salvação tendo ainda o escudo da fé, só há um modo: a heresia. As heresias surgem, justamente, do local ao qual mais maquinamos o mal, que é o coração (Cardia), no sentido conotativo, a real explicitação é a mente. Através da mente, criam-se fábulas, religiosidade, filosofismos, e o desvio da Cruz. Isso ocorre porque perde-se o cristocentrismo, e passamos ao antropocentrismo, que de antemão tira toda a glória de Deus e atribui ao homem. Para que isso ocorra, a bíblia torna-se vitima das mais malignas mentes, que maquinam seu próprio caminho da perdição, que cortam as suas cruzes no caminho, que somem com o sangue do Cordeiro. O biblicismo é seu maior inimigo, junto com a leitura textual e contextual. Hoje, como nunca antes, é necessário este capacete. A permissiva religiosa (liberdade religiosa), propagado pelos pais da reforma, não apenas teve seu efeito bom, mas também o seu ruim, que é o surgimento das grandes seitas e os cultos pagãos, aos quais, para Deus, é repúdio. Imagine que as palavras que fortalecem o seu capacete, mas essa palavra não vem de você, e sim dos pregadores e pastores. A qualidade da força do seu capacete é o quanto se ouve e se sabe de bíblia.
6.      Espada: Como o próprio texto diz, é a Palavra do Espírito. A tradução de “espada” vem de (machaira), do inglês “sword”. Numa tradução literal seria a “faca de uma punição judicial”. A palavra de Deus age com justiça, e com ela a punição. A espada, que é do Espírito, trás, antes de tudo, a consciência do caminho correto e por consequência, a condenação por não escolhe-la. Para lutarmos contra as potestades, a palavra é um instrumento importante. Ela além de ser um instrumento de ataque é também de defesa, enquanto nos lembramos apenas do escudo da fé. Jesus quando foi tentado no deserto, a Espada foi seu instrumento de defesa contra os ataques satânicos. Essa Espada quando corta o homem, entra no mais intrínseco do seu ser, levando-o da morte para a vida, da condenação a salvação, da perdição a esperança. Porém, o mau domínio leva a morte da “carne e sangue” e isso é um erro, pois esses não são nossos inimigos, mas sim, as potestades do mal. Quando a Palavra de Deus é manipulada conforme nosso querer e nossa visão, para tempera-la com doses de religiosidade, preferências humanas, visão humana interpretativa, entre outros temperos, assemelhamo-nos com os fariseus e saduceus, que impunha-lhe no povo pesos que nem eles mesmos carregavam. Portanto, para manipular a Espada corretamente, é necessário muito treino e estudo, pois se isso não houver, a morte ocorrerá, sendo aquele que a manipula ou daquele que ouve.
7.       Oração: A oração (proseuchomai) deve ser constante na vida do crente. Para aquele que crê é necessário ter comunhão, para viver uma vida de santificação. Na batalha é necessário servir ao Senhor dos Exércitos, e isto é, ter comunhão, para que possamos vencer a guerra que nos é proposta. A oração sempre será a base para a nossa vitória, e a força da qual sempre precisaremos. Oração não é para quem gosta, mas sim para quem precisa. Quando na batalha estiver perdendo as forças, lembre-se de que a oração lhe dará forças para prosseguir na luta e na constância que é esta guerra.
8.      Súplica: A súplica é interpretado como interseção (deēsis), que chama ao crente não ao dom de interseção, mas sim do amor. Pois, o crente que ora um pelo outro cumpre a Lei de Cristo que é amar. De um modo imperativo, Paulo nos convida a viver o amor dentro da guerra. Esse contraste é de singelo entendimento, mas de pesada aplicação. Na guerra, o homem tende sempre a pensar em si, em sua salvação, em sua vida com Deus, e na sua vida material. O Espírito inspira Paulo a dar uma ordem, aplicada em Jesus Cristo, ame o próximo e interceda por ele. A súplica, assim como os dons, não são de auto aplicação, mas são dons de servidão. Isso nos leva a discutir que os dons para ajudar o próximo são os menos buscados, pois de um modo direto, não enxergamos benefícios nele. O verdadeiro servo de Deus, que tem a sua mente renovada, sabe que a súplica é de antemão, a arma mais poderosa de se amar alguém.
9.      Vigilância: Os pecados cometidos nos dias de hoje, em sua maioria, não são por falta de ensino, mas sim, pela ausência desta característica. A vigilância (agrupneō) no seu termo significa “sempre ficar acordado”. Na guerra, tendenciamos a ficar cansados, ou por descuido, guardamos as nossas espadas, e deixamos os nossos escudos. Será nesse momento, na falta de vigilância, que o Inimigo iniciará seu ataque. Aquele que dorme, morrerá. O vigilante sairá ileso. Isso nos faz lembrar quando Cristo vai orar, e seus discípulos adormecem. Se a proteção de Jesus Cristo dependesse da vigilância de seus companheiros, ele seria aspergido antes do tempo. É necessário entendermos que vivemos uma guerra, e estarmos em estado de alerta, é essencial para sobreviver.
10.    Perseverança: O desânimo é, sobretudo, o pior dos inimigos, que, por conseguinte gera a desesperança no coração, e brevemente a falta de fé. Há a necessidade de perseverarmos na fé, e esta é uma palavra extremamente repetida pelo apóstolo. A perseverança (proskarterēsis), que pode ser traduzida também como persistência, na tradução KJA, ele usa insistência. Assim, persistir nas batalhas é vencê-las pelo cansaço. Paulo, anteriormente, compara a vida cristã com a de um atleta. A perseverança e a insistência são fundamentais para ganharmos as lutas propostas.
                O que mais me chama atenção neste texto é a palavra inicial do versículo 10:
                KJA: “Concluindo,...”       JFAA: “Quanto ao mais,...”      KJV: “Finalmente,...”
                Essas traduções derivam da palavra (loipon), que na tradução literal fica “então”. Essa palavra é gramaticalmente entendida como explicação conclusiva, iniciando um assunto para concluir outro. Quando Paulo inicia sua analogia da armadura de Deus, não havia finalizado seu assunto anterior. Antes de Efésios 6.10 ser escrito, Paulo começa falando dos preceitos familiares a serem aplicados pelos cristãos em Efésios 5.22. É como se Paulo passasse de forma minuciosa um assunto, mas para facilitar o entendimento, ele propõe a analogia da armadura de Deus, para finalmente, concluir o assunto. Se realmente queremos ter em nós as dez características listadas no texto, devemos, de antemão, observarmos como estamos cumprindo nosso papel dentro de nossa família. A família é constituída basicamente de três figuras, baseadas em dois tipos de relações.
                A primeira figura é o homem, que possui duas características: o esposo, em relação matrimonial; e pai, na relação paternal. A segunda figura é a mulher, que possui duas características: a esposa, na relação matrimonial; mãe, na relação maternal. A terceira figura é o filho (a), que possui uma única característica, a fraternidade e maternidade. Dentro destas características, há as ordenativas a serem aplicadas cotidianamente na relação familiar. Mas, Efésios 5.22 até 6.10, não fala apenas de relação familiar, mas também no trabalho, como subordinado ou como chefia. A vida do crente se resume justamente nessas interposições: a vida espiritual (armadura de Deus), a vida familiar (sua figura e relações), a vida empregatícia (relação de subordinação e/ou chefia), e o lazer (despojamento armamentar).
                Como vimos, para armar-nos na guerra espiritual, existe uma dependência da nossa relação familiar, empregatícia, e momentos de lazer. O texto nos convida a vivermos o cristianismo a todo o momento, não apenas enquanto frequentamos nossa religião. O motivo de vivermos o cristianismo a todo o momento é claro: a guerra ainda não terminou. Por isso, devemos viver em alerta todas as horas, minutos, segundo e milésimos de segundo, pois se fraquejarmos um milésimo, o dardo pode vir a matar trazendo consigo suas consequências.
                Então, como armar-se?
                Ora, como há a dependência concreta de nossa vida familiar, empregatícia e de lazer, é necessário sabermos como levar essas áreas, para que finalmente, estejamos com armas bélicas potentes para guerrearmos contra as astutas ciladas do inimigo.
                Relação familiar
                Mulher, a esposa: Paulo inicia pela mulher na figura de esposa. Á mulher, Paulo roga o respeito e a submissão. A submissão (hupotassō), do original “ser subordinada”, é colocada por Paulo como consequência do respeito, pois o mesmo respeito que ela deve ter ao Senhor deverá ter como ao esposo. A explicação para isso é teológica. Paulo faz uma comparação da família humana com a Divina, e mostra que a Noiva (Corpo Místico, Igreja) é submissa ao Noivo (Cabeça, Cristo), e assim deve proceder nas famílias. De um modo amplo, a submissão deve ser (pas), em inglês “every thing”, em português “em tudo”. Como dito, a submissão é a consequência do respeito. Observe que apesar da submissão ser lei para as esposas, a fundamentalização de consegui-la é do esposo através de seu testemunho no lar. Isso nos leva a crer na reflexão que não é necessário exigir das esposas sua submissão, mas viver uma vida de respeito e assim obtê-la. Caso, a vida do homem seja ilibada em suas características familiares e não houver submissão, a esposa acarretará como desobediente a lei de Deus, e peca.
                Homem, o esposo: Paulo parti para segunda figura, o homem como esposo. Ele se utiliza de duas comparativas a cerca do (agapaō) amor “ágape”. No versículo 25, ele compara o amor do esposo a sua esposa, como a de Cristo á Igreja. No versículo 28, como ao próprio corpo. Ao dizer que deve-se amar a esposa como Cristo, Paulo explica que a santificação da esposa, é de dever do marido, o responsabilizando sobre sua relação com Deus. A explicação de amar ao seu próprio corpo esta falando sobre o cuidado extremo que deve se ter, nunca odiando, mas com um amor profundo e sincero. Observe que esta ordem é extremamente semelhante ao Mandamento do Cordeiro: Amar a Deus acima de todas as coisas (amar a esposa como Cristo amou a Igreja), e o próximo como a ti mesmo (amar a esposa assim como amamos nossa carne). Ele esta dizendo simplesmente, que aquele que cumpre o mandamento de Jesus Cristo, simplesmente é um excelente esposo. E aquele que cumpre é respeitado pela sua esposa, e assim ela é submissa.
                Relação conjugal resumida: Mulher respeite seu esposo e seja submissa. Homem ame a sua esposa até que sua vida fique em segundo lugar.
                 O homem e a mulher, como pais: Aos pais, Paulo deixa uma regra simples: não provoque a (parorgizō) ira. A ira vai os impedir de honrar e respeitar, e o mal entrará na sua casa. Não provocar a ira significa viver em paz. E a paz é promovida através da empatia do amor, do ensino bíblico e do testemunho. Olhar para os filhos como alguém que devemos promover a paz é um desafio para aqueles que corrigem com ar de superioridade, na sua apatia. Colocar-se no lugar do filho, e lutar as suas lutas é essencial, mas também compartilhar suas lutas com os filhos é fenomenal e de um aprendizado imensurável.
                O homem e a mulher, como filhos: “Obedecei”. A palavra original (hupakouō), que significa “ouvir atentamente e obedecer ao comando”. Isso é uma dificuldade desde o princípio, e não apenas quando passam pelo período da adolescência. Obedecer é uma tarefa árdua a todos, inclusive aos adultos. Filhos, por mais que o “comando” tenha dado uma ordem que talvez você não compreenda, a ordem é: obedecer. Um dos requisitos mais importantes para um bom soldado é a confiança do Senhor, que no seu caso, é Jesus Cristo.
                A vida empregatícia: Ela depende de sua correlação social no trabalho secular exercido. Para os patrões, o nome é senhor (kurios), palavra que não possui fundamentalização em relação a (yehôvâh), ou seja, não esta falando do Senhor Jesus Cristo, mas sim, na vida do trabalho secular. Para fundamentalizarmos os períodos em estudo, o ensino aqui é direcionado a escravos, comum na época da escravidão e o senhor é o dono das fazendas e líderes locais.
                Como servo: A palavra servo aqui é (doulos), que significa “aquele que não tem direito”. Segundo a história, estamos falando do escravo literal e não filosófico diferente dos dias de hoje, que exercer isso é crime. Mas, os ensinos aqui trazidos por Paulo são atemporais. No nosso serviço secular, devemos: acima de tudo obedecer, sem falsidade e com toda a dedicação. Não querendo agradar o “kurios”, mas sim, “yehôvâh”, ou seja, obedecer com toda a sinceridade, porque você quer agradar o Senhor, e não o senhor. Tendo em vista que você será recompensado, pelo Senhor, servir de coração e não a vista, é feito com facilidade por aqueles que adoram em verdade, e em Espírito.
                Como senhor: Aquele que lidera, Paulo deixa a menção de duas regras apenas: abandone as ameaças e não faça acepção. O motivo que Paulo se utiliza é este: “o mesmo Senhor que é do servo, é o seu”. Mas, antes disso Paulo se utiliza da palavra (pros), na tradução literal “as mesmas aplicações”, ou seja, as mesmas regras preditas deverão aplicar-se ao senhor. Lidere com dedicação e com um coração servindo a Deus e não aos homens.

A amplitude da imprecisão cognitiva- O poder de Deus propriamente dito


A amplitude da imprecisão cognitiva
O poder de Deus propriamente dito
                As alegorias humanas, detentoras de uma visão carnal a cerca de Deus me chama muito atenção. Não as vejo com poder salvifico, de modo algum. Tem o meu menosprezo, com certeza. Porém, a cognição de indução psicológica é de fato aplicada nesses ensinos hereges vivenciados em religiões pagãs. Deste modo, criam-se alegorias e com ela o sincretismo, que através da fé no material, o imaterial se moverá a seu favor, de acordo com suas necessidades materiais. A fé é aplicada no objeto. O objeto teria poderes espirituais. O espiritual controlaria o material. Isso nos mostra que a cultura catolicista esta impregnada de antemão, na fundação das igrejas chamadas de Neopentecostais. A liturgia do culto pentecostal fora permanecido, porém, acrescido o fermento católico. A criação de cultos sincretistas foi aplicada efetivamente pelas igrejas católicas, desde os seus fundamentos teóricos, a prática religiosa. Funcionalmente seria a mistura do Pentecostalismo, catolicismo e não esqueçamos das práticas judaizantes.
                A fé no objeto, que se configura inanimado, é estereotipado e discriminado por todos os reformistas. Existem diversas passagens bíblicas que refuta quaisquer produtos que a adoração se direciona. Vou citar apenas duas, um do velho testamento, onde Moisés nos “Dez Mandamentos” escreve: “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima dos céus nem em baixo da terra, nem nas águas debaixo da terra.” (Ex 20.4) Claramente Deus está dizendo: “Não faça nenhum tipo de imagem!” Nada pode substituir a presença do Deus Criador. Barnabé e Paulo foram chamados de deuses “Fizeram-se os deuses semelhantes aos homens” (At 14.11). Eles rasgaram as suas vestes (At 14.14). Não podemos ter nenhum tipo de matéria que institua-se como Deus em nossas vidas. Nada pode alcançar a nossa adoração, oração, preces, e súplicas. Apenas o Deus Criador é digno de receber.
                Além deste absurdo das heresias mais proeminentes nos tempos atuais, temos em plano secundário o objetivo principal: a servidão a Mamom. Vemos que toda essa alegoria aplicada não promove a salvação, nem tão pouco à libertação efetiva da escravidão ao pecado, como é o poder efetivo que Jesus Cristo tem. Os homens não passam pelo Efeito Principal da Cruz (EPC), que é a transformação do homem. Isso é amplamente e insistidamente repetido: o homem que aceita a Jesus Cristo tem sua vida mudada, para melhor.  O seu caráter é retirado, e o caráter de Jesus Cristo passa a existir. Se isso não ocorrer não é o Evangelho de Jesus.
                Infelizmente o EPC tem sido substituído pelo poder da doação monetária. A velha técnica católica da compra de indulgências tem retornado e com bastante força. Os céus não foram comprados com dinheiro, mas com sangue. Não existe valor para isso. Não existe nada acima ou abaixo dos céus que pague a suficiência do Sangue de Cristo. Não há outro caminho a não ser Jesus Cristo. Não há outra verdade a não ser a fé em Cristo. Não há vida fora de Jesus Cristo. É necessário voltarmos ao princípio da pregação de Cristo, e gerar o EPC não somente em nós, mas em todos ao nosso redor através do exemplo de vida e da pregação genuína.
                Nesta substituição de valores, sendo o de valor único e maior, a EPC promovida pelo Espírito Santo aos aceitantes de Jesus Cristo, em relação as quaisquer coisas, que não possuem valor, gera o que Jesus Cristo insiste em suas parábolas. Três parábolas pelo menos: O Trigo e Joio, Bode e Ovelha, Dez Virgens. Cada uma em uma tipificação diferente; aplicabilidade amplificada; porém, com uma mesma mensagem: No mundo, assim como na igreja, haverá os salvos e os nãos salvos. Não cabe nós os retirarmos ou promover discriminação ou seletividade. Ele se coube em fazer isso, no momento do arrebatamento. Não é nosso papel.
                Devido os homens serem mais amantes de si mesmos do que para com o bem, as coisas que modificam a verdade bíblica, bem como a ausência do EPC, cria-se uma geração saturada de seitas extremamente proeminentes. Seita nada mais é que lobos guiando bodes para o juízo de Jesus Cristo, onde haverá a grande separação. A explicativa bíblica em relação a este fato é justamente este: os bodes amam as pregações dos lobos. Os lobos amam o dinheiro e os aplausos dos bodes. E o Diabo se deleita em seus cultos.
                O complexo atrás disto são os membros do Corpo de Cristo. Devido as igreja conter bodes e ovelhas, acrescidos de lobos e pastores, passa-se a existir uma confusão mental nas pessoas, por não saberem onde encontrar a verdade. O marketing implantado pela astúcia dos lobos, publicadas em canais de comunicação, nos mostram milagres fúteis, sem edificação, cujo qual serve apenas para a glorificação do lobo, e o engordamento de suas contas bancárias. Não se vê testemunhos de mudança de caráter, mas fechamento de contratos. Não se há testemunho de mudança de hábito do pecado, mas uma cura sem edificação. Não se há Jesus Cristo, mas sim, a humilhação vergonhosa da Cruz de Cristo.
                Com o forte marketing, testemunhos pagos, endeusamento de lobos, fé aplicada no material, shows de artistas gospel, ofertas de enriquecimentos, show de luzes, gritaria, objetos sincréticos miraculosos, até aquele que é escolhido será enganado. Há quem diga que as ovelhas não acham atrativo. Há quem diga que pastores não são atraídos em fazer cultos como estes. Não é o que os dados nos mostram. A grande chamada perspicaz de Deus é fazer-nos novos homens, e novas mulheres, munidos do caráter de Cristo para edificar o Reino na Terra.
                A falta de conhecimento foi o motivo da destruição de vários povos na bíblia, assim como foi o povo da época de Oseias. A falta de conhecimento destruirá muitas almas, assim como esta sendo em nossa época. Não há mais ninguém que busque a Deus. Há apenas os amantes de si mesmos. O casamento é banalizado, casam-se e dão-se a casamento. Sim, estamos vivendo os tempos de Noé. Sim, Jesus Cristo disse que viria na repetição dos tempos de Noé. A falta de conhecimento está ainda destruindo o povo. Em contrapartida, esta nos mostrando um sinal: breve Jesus voltará.
                A pergunta que fica é: como salvar os bodes? Há quem diga que não se tem salvação. Eu até concordo, mas não posso ficar de braços cruzados. Preguemo-nos a JESUS CRISTO!